Para os líderes dos
Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Ucrânia e Rússia.
Sei o quanto é importante a soberania do
território que é legitimamente nosso. Nossas terras são constantemente
ameaçadas por invasores que tiram de nós mais que um pedaço de terra,
tiram parte de nossas vidas. Pensando nisso, lembro com tristeza no
coração do sofrimento que o povo
ucraniano vivencia há meses. Uma invasão sem motivos plausíveis que mata
civis inocentes e toma terras com brutalidade como se fazia no passado. Entretanto, apesar
desse absurdo, receio que algo mais grave se aproxima.
As mudanças climáticas podem destruir
a Terra nos próximos séculos se nada for feito hoje, mas um
perigo muito maior pode estar perto de acontecer ameaçando seriamente nosso planeta. Uma guerra nuclear
pode manchar terrivelmente com sangue e dor a história da humanidade. Se
um cipó é esticado sem cessar chegará o momento de ruptura que o arrebentará quebrando a estabilidade que
ele sustentava. A escalada da guerra na Ucrânia está sendo constante e um ponto de
não retorno certamente acontecerá se esta guerra não for
interrompida imediatamente.
Deste modo, penso que a estratégia
de auxílio militar à Ucrânia visando a retomada dos
territórios ocupados prolongará a guerra até um ponto
de não retorno. Após todas as conseqüências que a invasão gerou para a Rússia, Putin não aceitará perder os territórios ucranianos que ele
ilegitimamente anexou. Ele não blefa e irá até as últimas
conseqüências fazendo uso de arsenal atômico para não perder a guerra. Se isso acontecer, a humanidade correrá sério perigo de
extinção. Hoje, nosso planeta está mais ameaçado que a Amazônia. Por
isso, senhor presidente Biden, se o
pior acontecer, as gerações futuras responsabilizarão não apenas a Putin
por um holocausto nuclear global mas também ao senhor, o presidente
Zelensky e aos líderes que o
apóiam em manter e alimentar
esse conflito na intenção de fortalecer a Ucrânia a retomar os territórios roubados.
No futuro, quando Putin
não estiver mais no poder, seus sucessores compreenderão que
foi um grande erro as anexações promovidas por ele e
certamente devolverão todo território pertencente à Ucrânia, inclusive a Criméia. Desse
modo, sugiro um armistício com os seguintes termos:
- Interromper ajuda militar à Ucrânia
com objetivo de retomar os territórios anexados pela Rússia. Esta
estratégia não fará Putin perder a guerra e só colocará
mais combustível no fogo escalando o conflito ao nível nuclear.
Sabemos que as conseqüências seriam desastrosas para
todo o mundo.
- Estabelecer um cessar-fogo congelando
o estado territorial atual com os
territórios ucranianos anexados na condição de ocupados pela Rússia.
A Ucrânia já sofreu muito com essa guerra. Para o bem do povo
ucraniano, esse conflito precisa parar imediatamente.
- Aumentar as sanções contra a
Rússia. Todas possíveis: econômicas, científicas, culturais e
esportivas. Isolar a Rússia ao máximo. Situação que seria revertida
apenas quando todo território anexado fosse
devolvido integralmente à Ucrânia. Pode demorar alguns anos mas um
dia isso vai
acontecer.
- Estabelecer o dia 27 de fevereiro
uma data para ser lembrada por todo mundo em defesa da soberania da
Ucrânia. Todos os líderes mundiais que estão do lado da Ucrânia e da
verdade lembrariam à Rússia nesse dia que o todo território ucraniano
tomado desde 2014 deve
ser devolvido ao seu legítimo dono.
- Todos líderes mundiais que
estão do lado da Ucrânia, bem como autoridades governamentais e
artistas,
seguiriam o exemplo do senador romano Catão, o Velho (embora sua
intenção não fosse digna) e finalizar todo discurso ou qualquer
manifestação pública com a frase:
"Rússia, devolva o território que pertence à Ucrânia!"
Acredito que esses poucos pontos, que
podem ser melhorados e acrescidos de outros, serão capazes de trazer paz e esperança em prol de um
mundo melhor. Peço a todos governantes que estão direta e
indiretamente envolvidos nesse conflito a pensarem na urgência pela paz.
Em especial o presidente Vladimir Putin cujo aniversário é no mesmo dia
em que os católicos comemoram o dia de Nossa Senhora do Rosário (7 de
outubro). Fato curioso é que Nossa Senhora de Fátima, aquela do famoso
Terceiro Segredo de Fátima é a mesma Senhora do Rosário, a quem o Papa Francisco
consagrou a Rússia e a Ucrânia em 25 de março deste ano.
Por fim, peço que onde estiverem, Mandela, Martin Luther King, Ghandhi e Jesus orientem
os governantes de todas as nações a
buscarem sempre o caminho da paz, tolerância e diplomacia na resolução dos conflitos
entre nações.
Turusu, o Índio da Amazônia.
Brasil, 2 de Novembro de 2022.
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